FIQUE ATENTO! Novo golpe do PIX promete dinheiro fácil.
Com a promessa de dinheiro rápido e com muita facilidade, as vezes até pagando valores baixos para ganhar confiança das vítimas, um novo golpe envolvendo o Pix por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens tem sido o foco de criminosos. A proposta chama a atenção pelo método simples, no entanto, esconde mais um esquema de pirâmide financeira.
Como funciona?
A abordagem é feita com as vítimas por canais como WhatsApp, Facebook e Telegram. Os criminosos oferecem a possibilidade de remuneração rápida e de baixo esforço. Muitas empresas tem relatado o golpe no canal de denúncias SOS Golpe.
A promessa de trabalho é envolvida por meio de “metas” ou “missões”, na grande maioria relacionadas ao marketing digital: como seguir alguém nas redes, curtir posts ou deixar avaliações positivas sobre estabelecimentos no Google.
A vítima quando aceita participar deste processo, os criminosos pedem a chave Pix para suposto pagamento pelas tarefas executadas. Além disso, a pessoa é convidada a entrar num grupo do Telegram onde estão milhares de pessoas, passando credibilidade para o golpe por meio do senso de comunidade.
Habilidades para gerar mais confiança no golpe
Outra manobra dos golpistas é pagar pelas primeiras tarefas, em geral com valores baixos, entre R$ 4 e R$ 20. Para receber mais, a vítima precisa “evoluir nas missões”, e fazer investimentos cada vez maiores. A proposta de retorno é alta, variando de 30% a 100%.
Mantenha a atenção!
A cada 10 brasileiros, 4 já foram alvo de tentativas de golpe no PIX.
A vítima acaba entrando em um ciclo vicioso onde precisa fazer investimentos para conseguir recuperar o gasto anterior. As vezes, o golpista dá “dicas” de como conseguir o dinheiro de investimento: pedindo emprestado, por exemplo. Mas sempre passando a confiança de que é um retorno garantido, de uma empresa idônea, podendo até enviar prints de outros “clientes” como prova social.
O tipo de golpe é uma variação do chamado “golpe do falso investimento”, uma das maneiras mais comuns de fraudes envolvendo o sistema de pagamento instantâneo, e que atingem geralmente jovens das classes D e E.
O que fazer ao cair no golpe?
- Entre em contato com a instituição financeira: O Mecanismo Especial de Devolução (MED) possibilita que a entidade financeira de origem da transação solicite a imediata suspensão do montante na conta de recebimento, se houver suspeita de atividade fraudulenta. É fundamental relatar que o ocorrido foi um golpe, pois o MED não abrange situações em que Pix é enviado erroneamente para indivíduos ou empresas. A denúncia pode ser feita tanto pelo aplicativo ou site do banco. Não esqueça de guardar a data, o horário e o número do protocolo.
- Recolha todas as informações possíveis do golpe: Capture uma imagem da tela (print screen) exibindo as conversas do dispositivo (celular ou computador). Importante: evite bloquear ou denunciar o contato do golpista imediatamente pelo WhatsApp, pois isso poderá ocultar a conversa e impedir que você faça a captura de tela.
- Realize um B.O. na Polícia Civil: Grande parte dos estados é possível fazer um boletim de ocorrência on-line para o Golpe do Pix. Inclua todas as documentações do passo anterior, bem como o protocolo do MED.
- Faça um relato cronológico: Com o máximo de informações que puder, relate a sequência dos eventos que manipulou o golpe. Isso garante que, ao longo do tempo, os detalhes e a ordem dos acontecimentos não sejam esquecidos.
- Denuncie no formulário do próprio WhatsApp, explicando o que aconteceu e denunciando o número de telefone do golpista. Depois de preencher, acesse a conversa com o número desconhecido, clique no número de telefone e, em seguida, selecione ”Denunciar contato” > ”Denunciar e bloquear”. Após essas etapas, você não receberá mais chamadas nem mensagens do número bloqueado, e os indivíduos associados a esse número não conseguirão visualizar detalhes de seu perfil, como informações de “visto por último” e “online”, atualizações de status e sua foto de perfil.
Outros golpes frequentes utilizando o PIX
- Golpe do falso parente: o golpista se passando por um familiar ou amigo, pede dinheiro ou solicita o pagamento de uma conta.
- Golpe do produto ou da loja falsa: caracteriza-se pela compra de produto e/ou serviço em uma loja falsa. A compra nunca é entregue.
- Golpe da falsa central/gerente do banco: o criminoso se passa por um profissional de uma central de atendimento/gerente do banco pedindo para reverter um falso Pix.
- Golpe da rede social hackeada: tem como característica a compra de produto de um conhecido que teve sua rede social hackeada/clonada.
- Golpe do falso investimento: promete uma falsa oportunidade de multiplicar/investir dinheiro.